O que são poison pills,”pílulas” de proteção contra aquisição hostil

As “poison pills” (pílulas de veneno, em tradução literal) são mecanismos de defesa adotados pelas companhias para se protegerem contra aquisições hostis. Essas táticas são geralmente inseridas nos estatutos das empresas como medidas preventivas em caso de tentativas de aquisição indesejadas por parte de outra companhia.

Essencialmente, são cláusulas que concedem aos acionistas existentes da empresa-alvo o direito de comprar ações adicionais a um preço substancialmente descontado, diluindo assim a participação do comprador e tornando a aquisição mais cara e menos atraente. Portanto, as poison pills dificultam o processo de aquisição para o comprador hostil, tornando a companhia-alvo menos vulnerável a uma tomada de controle indesejada.

A estratégia das poison pills remonta aos anos 1980, uma época marcada por um aumento significativo nas propostas de aquisição hostis no mercado acionário dos Estados Unidos. Diante desse cenário, as empresas de capital aberto começaram a adotar as poison pills como uma medida preventiva para evitar uma tomada de controle indesejada.

Embora possam ser eficazes na proteção da empresa, as cláusulas de veneno também podem ser controversas, pois, em alguns casos, podem prejudicar os interesses dos acionistas ao restringir a capacidade de receber ofertas de aquisição legítimas e limitar a maximização do valor das ações.

Descubra como as Poison Pills funcionam

Essas estratégias são moldadas conforme o estatuto de cada empresa, permitindo que elas estabeleçam medidas específicas para se proteger contra aquisições hostis.

Uma tática comum nos EUA é a emissão de novas ações a preços abaixo do mercado, concedendo-as aos acionistas minoritários, o que equilibra as forças no jogo da aquisição.

Para saber sobre as condições que acionariam a poison pill de uma companhia de capital aberto, o investidor pode acessar o respectivo estatuto social no site de Relações com Investidores.

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