Depois de atingir a maior diferença entre a cotação oficial e a paralela na última terça-feira (2), cotado a US$ 1.430,00 na venda, o dólar blue na Argentina devolveu os ganhos da véspera e voltou a ser negociado US$ 1.405 na venda.
Na véspera, a alta do dólar blue foi impulsionada pelo possível levantamento das restrições cambiais, conhecidas como “cepos”, embora a gestão Milei tenha negado esses rumores.
O “cepo” cambial implica limitações na compra de moeda estrangeira e nos movimentos de capitais, afetando também a importação de bens e serviços. Atualmente, há um limite mensal de compra de US$ 200 para pessoas físicas, com imposto de 60%. Além disso, aqueles que recebem benefícios do Estado não têm acesso aos dólares. Empresas enfrentam restrições para transferir dólares ao exterior ou pagar dívidas financeiras com suas matrizes.
O termo “cepo” deriva de um instrumento de tortura onde pessoas condenadas eram presas à madeira pelos membros, algo amplamente utilizado pela imprensa e população, apesar da aversão da ex-presidente Cristina Kirchner, que instituiu essas medidas em 2011.
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Dólar Blue
- Compra: US$ 1.385,00
- Venda: US$ 1.405,00
Dólar oficial a Peso Argentino (ARS)
- Compra: US$ 893,50
- Venda: US$ 933,50
Entenda o contexto econômico
O aumento acentuado do dólar blue reflete a crescente incerteza econômica na Argentina, que enfrenta desafios significativos para estabilizar sua moeda e restaurar a confiança dos investidores.
As reformas propostas pelo presidente Milei buscam simplificar as regulamentações e promover um ambiente econômico mais dinâmico, mas os efeitos imediatos ainda são incertos.
Impactos no dia a dia
A valorização do dólar paralelo tem impacto direto no custo de vida dos argentinos, encarecendo produtos importados e pressionando ainda mais a inflação.
A população, que já enfrenta dificuldades econômicas, vê no aumento do dólar blue um agravante para seu poder de compra e planejamento financeiro.
O que esperar para o dólar blue?
O cenário futuro permanece indefinido, com o governo tentando equilibrar as reformas econômicas e a necessidade de controle cambial para evitar uma desvalorização ainda maior do peso argentino.
A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos na Argentina, esperando que as medidas adotadas consigam trazer estabilidade econômica ao país.
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