O Conselho de Administração da Via Varejo (VVAR3) aprovou, neste domingo (18), a 6ª emissão pública de debêntures simples, não conversíveis em ações, em até 2 séries, com esforços restritos de distribuição.
O valor total da emissão será de R$ 1 bilhão. Serão emitidas 1 milhão de debêntures.
De acordo com o comunicado, trata-se da primeira emissão da varejista com condições atreladas ao cumprimento de metas de sustentabilidade (sustainability-linked bond – SLB).
Os títulos farão jus a remuneração de 100% do DI, com uma sobretaxa de 1,90% para as debêntures da primeira série e de 2,10% para as da segunda.
Se a Via Varejo (VVAR3) não cumprir com as metas de emprego e de energia elétrica renovável, a taxa de prêmio terá acréscimo de 10 pontos-base.
As debêntures da primeira série terão prazo de vigência de três anos a partir da emissão, enquanto as da segunda série terão prazo de cinco anos.
Os recursos levantados pela Via Varejo por meio da emissão serão direcionados para alongamento do perfil da dívida da companhia e reforço de caixa.
A meta da Via Varejo é aumentar o uso de energia renovável em suas operações — hoje em 30% — para 50% até 2022 e 90% até 2025. A meta inclui as lojas do Ponto Frio e Casas Bahia, bem como CDs e escritórios.
O efetivo cumprimento da meta será auditado pela consultoria ambiental Resultante.
A Via Varejo é apenas a segunda companhia do País a emitir no mercado interno com compromissos ESG. Em dezembro, o Grupo Boticário usou a mesma estrutura para levantar R$ 1 bilhão, pagando CDI + 2,30% num papel de cinco anos.
Desempenho da Via Varejo – VVAR3
A Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, apresentou um lucro líquido de R$ 1,4 bilhão em 2020, revertendo prejuízo de R$ 1,4 bilhão registrado em 2019.
A varejista registrou lucro líquido de R$ 336 milhões no quatro trimestre de 2020, revertendo o prejuízo de R$ 875 milhões visto no mesmo período do ano anterior.
O volume bruto negociado (GMV) e-commerce da Via Varejo cresceu 106% no último trimestre de 2020, quando comparado com igual período de 2019.
A receita líquida somou R$ 28,9 bilhões no ano passado, crescimento de 12,7% frente ao ano anterior.
O Ebitda totalizou R$ 316 milhões no 4t20, contra prejuízo de R$ 806 milhões na com comparação com o 4t19.
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