A agência de classificação de risco Fitch reafirmou os ratings de Longo Prazo em moeda local e estrangeira em BB- e de Longo Prazo em escala nacional em AA (bra) da Eletrobras (ELET3 ELET6), mantendo a perspectiva negativa.
Segundo relatório, a Perspectiva Negativa reflete a expectativa da Fitch de modesta geração de caixa adicional proveniente da venda dos altos volumes de energia descontratada, apesar de alguma melhora recente nos preços de mercado, o que deve impedir a Eletrobras de reduzir seus índices de alavancagem conforme anteriormente esperado.
Além disso, a agência comenta que as significativas saídas de caixa decorrentes das obrigações de privatização e do elevado plano de investimentos também devem resultar em fluxos de caixa livre (FCFs) negativos.
Saiba mais:
Os ratings da Eletrobras consideram sua significativa e diversificada base de ativos, o que dilui os riscos operacionais e regulatórios.
De acordo com as projeções da Fitch, o grupo apresentará um pico de alavancagem líquida ajustada em 2025, em torno de 5,0 vezes, o que é parcialmente compensado pela forte liquidez e pelo administrável cronograma de vencimento da dívida.
Já o rating da Chesf, controlada da companhia elétrica, é equalizado ao da Eletrobras, devido aos incentivos de médios a altos para prestação de suporte por parte da controladora, se necessário.
Eletrobras (ELET3 ELET6) é a maior empresa do Brasil nos segmentos de geração e transmissão de energia
Seus 44GW de capacidade instalada e 74 mil km de linhas de transmissão representam 22% e 38% do mercado nacional, respectivamente.
De acordo com a Fitch, esta diversificação de negócios em termos de segmentos e ativos reduz os riscos operacionais e regulatórios para o grupo. “Cerca de 60% das receitas consolidadas têm contratos no mercado regulado — 35% no segmento de transmissão e 25% no de geração”, explica. “Estas receitas são reajustadas anualmente pela inflação e proporcionam certa
visibilidade em termos de geração de caixa.”
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